Zilver PTX vs. Balão Farmacológico (Intervenção Periférica)

22/05/2020

Zilver PTX vs. Balão Farmacológico (Intervenção Periférica)

Zilver PTX vs. Balão Farmacológico (Intervenção Periférica)

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Dispositivos farmacológicos são utilizados para otimizar os resultados obtidos com o tratamento endovascular da doença arterial periférica. Para o tratamento da artéria femoral superficial, estão disponíveis balões revestidos com droga (DCB) e stents eluidores de fármacos (DES), sendo que até então os dados na literatura comparando a eficácia dos dois tipos de tratamento são escassos, se limitando a apenas uma publicação baseada em dados retrospectivos com acompanhamento de apenas 12 meses após os procedimentos.

Em julho de 2019 foram publicados no periódico JACC os resultados de três anos do estudo piloto Real PTX, teste controlado randomizado realizado em 5 centros europeus que analisou os resultados obtidos com o implante de DES e com a utilização de DCB´s, ambos revestidos com paclitaxel. O DES utilizado foi o Zilver PTX, da Cook Medical. Já os DCB´s utilizados foram o In.Pact Admiral e In. Pact Pacific, da Medtronic, e o Lutonix, da Bard.

Foram randomizados 150 pacientes, divididos igualmente entre os que foram tratados com balão ou com stent farmacológico e estes pacientes tiveram os seguintes parâmetros acompanhados durante três anos: revascularização da lesão alvo, sobrevivência e ocorrência de eventos adversos maiores, todos sem diferença estatística entre os grupos, além de manutenção da perviedade (patência) primária definida no estudo (PSVR=2,4):


Figura 1: Perviedade primária (%) relativa aos dias pós tratamento (até 1.095 dias) com o uso de stent eluidor de fármaco (DES) versus balão revestido com fármaco (DCB) em intervenções femoropoplíteas (n=150).

Outra subdivisão realizada nos dois grupos se deu com relação ao tamanho das lesões a serem tratadas: curtas, menores ou iguais a 10 cm, médias, entre 10 e 20 cm, e longas, entre 20 e 30 cm:

 
Figura 2: Perviedade primária (%) relativa aos dias pós tratamento (até 1.095 dias) com o uso de  balão revestido com fármaco (DCB, azul) versus stent eluidor de fármaco (DES, vermelho) após o tratamento de lesões (A) curtas (≤10 cm, n=50) e (B) médias/longas (>10 cm, n=100).


Assim, os autores deste estudo piloto puderam concluir que os resultados obtidos com balão e stent farmacológicos foram semelhantes em 12 meses, enquanto que em períodos mais longos observou-se uma forte tendência a favor do stent farmacológico. Eles apontam que estudos de longo prazo envolvendo um número maior de pacientes serão necessários para avaliar resultados relativos a cada tecnologia e para identificar pacientes que podem se beneficiar mais de uma terapia ou de outra.

No Brasil, o stent farmacológico Zilver PTX é comercializado pela E. Tamussino, estando disponível nos diâmetros de 5 a 8 mm e com comprimentos entre 40 e 140 mm.

 

Referências:

Bausback Y, Wittig T, Schmidt A, Zeller T, Bosiers M, Peeters P, Brucks S, Lottes AE, Scheinert D, Steiner S. Drug-Eluting Stent Versus Drug-Coated Balloon Revascularization in Patients With Femoropopliteal Arterial Disease. J Am Coll Cardiol. 2019;73(6):667–79. https://doi.org/10.1016/j.jacc.2018.11.039.


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