03/07/2020
Confira 10 mitos e verdades sobre o Coronavírus

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Estamos prestes a completar 4 meses de quarentena e temos mais dúvidas do que certezas sobre o novo Coronavírus. A transmissão foi rápida: saiu da China, se espalhou pelo mundo e chegou ao Brasil, em apenas dois meses, mas também são rápidas e perigosas as fake news sobre a doença. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 100 fake news circularam sobre a doença, de 12 de janeiro a 1º de julho.
Os últimos dados divulgados pelo CONASS, apontam que o Brasil já ultrapassa 1,4 milhão de casos confirmados. Diante dos números alarmantes e acelerada propagação do vírus, as pessoas têm buscado na internet informações sobre o panorama geral da pandemia, prevenção e os cuidados para evitar o contágio. Contudo, é nesse momento que notícias falsas e informações circulam nas redes. Sabendo disso, selecionamos 10 mitos e verdades sobre o Coronavírus, confira!
Máscaras protegem contra a transmissão da doença.
VERDADE. O uso da máscara cirúrgica é recomendado para os casos confirmados e os suspeitos e a máscara N-95 deve ser usada por profissionais da saúde. Para a população em geral é recomendada a máscara de tecido. É importante lembrar que a máscara deve ser trocada idealmente de 2 em 2 horas, podendo, no máximo, ser trocada de 4 em 4 horas.
Pessoas com máscaras podem ser infectadas pelo coronavírus.
VERDADE. A máscara previne o contato entre as partículas contaminadas exaladas pelo indivíduo doente e a mucosa oral e nasal do sadio, porém, quando não são cumpridas todas as recomendações de segurança, a infecção pode ocorrer. Por exemplo, se a pessoa tocar em uma superfície contaminada e, sem lavar as mãos, encostar no próprio olho, é possível haver a infecção, mesmo no uso de máscara. Isso ocorre, pois a máscara apenas protege o nariz e a boca do contato com o vírus, não protegendo, entretanto, os demais locais possíveis de contaminação. Por isto a importância de lavar constantemente as mãos.
Comer alho cru combate o coronavírus
MITO. O alho é comprovadamente um alimento com propriedades antimicrobianas capazes de aumentar a imunidade. Porém, a sugestão de internautas para as pessoas consumirem o alimento cru para conter o vírus não tem evidência científica, segundo a OMS.
É seguro receber cartas, pacotes e encomendas da China
VERDADE. De acordo com o Ministério da Saúde, é seguro sim. Pessoas recebendo encomendas ou correspondência da China não correm o risco de contrair o vírus. O agente da doença não sobrevive a longo prazo em objetos como cartas e pacotes.
Mas atenção! É preciso ter cuidado na hora do recebimento do objeto. Isso porque nunca se sabe quais os cuidados as pessoas que realizam a entrega pessoalmente estão tendo. É bom se prevenir nesse momento também.
A vitamina D previne o coronavírus
MITO. Obtida a partir de suplementos vitamínicos, alguns alimentos e a exposição ao sol, a vitamina D reforça o sistema imunológico. Mas a associação entre a vitamina e a prevenção contra o coronavírus, feita em mensagens eletrônicas envolvendo a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), não procede. Em nota oficial, a SBI afirma que não há evidências científicas que comprovem a eficácia da vitamina D contra a vírus causador da doença respiratória.
Cães e gatos podem transmitir a doença
MITO. Não há evidências de que animais domésticos podem ser via de transmissão do Coronavírus, mas se recomenda sempre lavar as mãos após brincar com os pets.
Além disso, é preciso diminuir a frequência de passeios e, caso ocorra, dar banho no cachorro e higienizar seus acessórios.
Pode-se usar qualquer tipo de álcool na pele para a prevenção.
MITO. A Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta utilizar o álcool em gel 70% medicinal e nunca o de limpeza doméstica. Receitas caseiras, como gel de cabelo com álcool 70% líquido, também não são recomendadas.
É necessário retirar toda a barba, cortar o cabelo ou andar sempre de cabelo preso.
MITO. Segundo a SBD, retirar a barba facilita a limpeza e higiene na região, no entanto, não é preciso raspá-la. O importante é redobrar a limpeza e higiene da pele e pelo da área com água e sabão.
Cortar e prender o cabelo é uma orientação válida para os médicos que, geralmente, colocam a mão no cabelo e, após, na máscara dentro dos hospitais. Para a população, a medida não possui eficácia. O importante é manter os fios limpos.
Fumantes correm maior risco de infecção pelo novo coronavírus.
VERDADE. É provável que os fumantes sejam mais vulneráveis à COVID-19, pois o ato de fumar significa que os dedos (e possivelmente os cigarros contaminados) estão em contato com os lábios, o que aumenta a possibilidade de transmissão do vírus da mão para a boca. Os fumantes também podem já ter doença pulmonar ou capacidade pulmonar reduzida, o que aumentaria muito o risco de doença grave.
Todas as pessoas devem fazer exames para detectar se estão com Covid-19.
MITO. Pessoas que apresentem sintomas iniciais da doença como febre, tosse, dor de garganta e coriza devem procurar orientação médica. A partir do relato do paciente é que o médico decidirá sobre a necessidade de se fazer o teste para Covid-19. Atualmente, a recomendação das autoridades sanitárias é que sejam testados apenas os pacientes com sintomas respiratórios e que tenham tido contato com alguém infectado. O exame só pode ser feito com solicitação médica. Ele é feito por hospitais públicos e privados e confirmado por laboratórios de referência espalhados pelo Brasil. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou que os planos de saúde deverão cobrir os testes realizados na rede privada.
Importante!
Para tentar combater as fake news, o Ministério da Saúde disponibilizou um número de WhatsApp para envio de mensagens da população, um espaço exclusivo para receber notícias virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira.
Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar a compartilhar. Caso deseje checar uma informação que tenha recebido, envie mensagem para o número (61) 99289-4640.
Por Priscila Gomes.Fonte: OPAS/OMS, Ministério da Saúde, SBPT – Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e SulAmérica Saúde Ativa.
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